sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sobre o Coletivo

O CDPDan - Coletivo de Documentação e Pesquisa em Dança Eros Volúsia–CEN/IdA/UnB , laboratório vinculado ao Departamento de Artes Cênicas da UnB e registrado como diretório de pesquisa no CNPq, coordenado pela professora doutora Soraia Maria Silva, busca estimular e desenvolver diversas atividades relacionadas à dança tanto no sentido da cultura tradicional, valores contemporâneos, formas organizativas e expressões culturais próprias. Esse Centro de estudos foi criado com o intuito de estabelecer um espaço de reflexão teórico/prática sobre a linguagem da dança na Universidade de Brasília que envolva as pessoas interessadas nessa linguagem, visando não só um intercâmbio com a comunidade em geral como também o estabelecimento colaborativo tanto na graduação, vinculado as disciplinas da graduação em artes cênicas da área de movimento e linguagem, como na pós-graduação do Mestrado em Artes, nas disciplinas Tópicos Especiais em Artes Cênicas, da linha de pesquisa Processos Composicionais para a Cena.


Esse Centro foi publicamente divulgado no dia 26 de fevereiro de 2002 por ocasião da homenagem à bailarina Eros Volúsia, com a presença dessa no auditório da FINATEC/UnB em Brasília. Nesse dia foi feita a reconstituição da coreografia Tico-Tico no Fubá, a partir da original, realizada por Eros Volúsia no filme Rio Rita (MGM, 1942). A homenagem também se constituiu da exibição de um vídeo e de uma exposição de Banners com fotos inéditas da bailarina e a apresentação do documentário Eros Volúsia: O Bailado Brasileiro.

As linhas de pesquisa desenvolvidas no referido Centro são, entre outras: dança e performance; dança e literatura; dança e poesia, dança e vídeo; dança e tradução: dansintersemiotização; o expressionismo e a dança; o pós-modernismo e a dança; dança Xavante; o surrealismo e a dança; o naturalismo e a dança. Vários artistas pesquisadores já estiveram vinculados ao CDPDan, tendo já concluído suas pesquisas como Elza Gabriela (mestrado), Ludmila Machado (mestrado), Alessandra Valle (mestrado), Fabiana Marroni (mestrado) e Francisco Nunes (mestrado). Atualmente estão vinculados ao coletivo: Mary Leoni (iniciação científica), Luciana Albertin (Iniciação científica), Isadora Prado (iniciação científica), Laura Virgínia (mestrado), Alexandre Nas (mestrado), Sabrina Cunha (doutorado), Zou Mi (mestrado) e Bruno Lehx (Graduação).
Desde 2009 o CDPDan, vem favorecendo a discussão de um currículo acadêmico para essa área do conhecimento artístico inserido no contexto universitário. Para isso temos desenvolvido o projeto DANÇA UNB! VER, PENSAR, MOVER (ver:http://dancaunb.blogspot.com), composto de oficinas ministradas no Centro de Vicência/Núcleo de Dança da UnB durante o todo o anos de 2009 e quatro edições do Mexido de Dança, realizado no âmbito da UnB cujo objetivo é ser o espaço da dança na UnB, para confirmar e trazer a tona os movimentos relacionados à dança na Universidade.

Já a quarta edição do Mexido (ver: http://www.youtube.com/watch?v=-19-m1w0OCc) veio confirmar e trazer a tona os movimentos relacionados à dança na Universidade. O Mexido de Dança na UnB representa a tentativa de proporcionar o espaço das várias manifestações corporais, da mistura e da aceitação, da inclusão de corpos e expressões, da festa e da comemoração, da dança como alimento do corpo, da alma e do espírito coletivo, do indivíduo que se expõe ao todo e do todo que colabora com o indivíduo. A presença do público foi intensa durante todas as atividades propostas, principalmente na programação noturna com as performances dos grupos de dança. A partir desse último Mexido foi proposta uma mesa redonda: “A dança na Universidade” com a participação dos convidados especiais: Eusébio Lobo da Silva, um dos fundadores do departamento de artes corporais da Unicamp; Adriana Betencout Machado, professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia; Rosa Coimbra, Dir. do Centro de Dança do DF, Pres. Do Conselho de Cultura do GDF, Dir. do Fórum de dança; Soraia Silva, Coordenadora do CDPDan, professora do Departamento de Artes Cênicas da UnB; Márcia Duarte, professora do Departamento de Artes Cênicas da UnB. Também se cumpriram os objetivos da mostra de vídeo e performances resultantes das pesquisas realizadas pela graduação, iniciação científica, mestrado e doutorado, vinculados ao CDPDan.

MANIFESTO COLETIVO DA DANÇA NA UnB
(lido na quarta edição do Mexido)

Onde está a dança?

Corpos na mão, olhos turvos, alma pesada e espaços pequenos... dos pequenos homens.

Onde está a dança?

A alegria do encontro e desencontro, gargalhadas compassadas, compassivas e descompensadas... das nossas crianças incriadas.

Onde está a dança?

Doídas extremidades da dança, que pequena se fez grande e dominou o mundo inteiro!

Dancem! Dancem! Dancem!

Encontrem as suas células dançantes, promovam uma festa no céu entre seus átomos e moléculas, seja a sua alma a música das estrelas escarlates que habitam o sangue daquele que dança. E todos que dançam tenham todas as entradas e as saídas liberadas e alta prioridade nas aeronaves, estradas, navios, oceanos e galáxias, todos em articulações coreográficas harmônicas e extáticas.

Levante e dance e exterminados sejam todos os teus inimigos de espírito grave e solenidade estática, e fujam diante de ti os que não dançam!!!

Ouçam que música linda para dançar:

som do cello

Dança é o espaço de vida concentrado na poesia de cada ser. Qual é a tua dança? Mostra pra gente, queremos ver, pode ser?

Qual é o caminho para que Brasília possa olhar para os profissionais da dança? Queremos um curso de dança dentro da UnB e no DF que é simplesmente a capital do Brasil, o país das várias maravilhas e desgraças, mas que é sempre lembrado pelo sorriso do povo e do samba no pé! Isso quer dizer Dança! Mas a capital ainda não tem um curso de formação universitária para oferecer a quem quer estudar, refletir, pesquisar e ensinar dança. Porque será? Gostaríamos de saber onde está a raiz, o fio do telefone sem fio, um começo, os responsáveis, por decidir, acatar a abertura do curso universitário de dança na UnB ou no DF. O pessoal da secretaria de cultura? O decanato da UnB? O fórum de dança? O departamento de artes cênicas da UnB? O que falta? Verba? Recurso? Entendimento entre as partes envolvidas? Entre os artistas professores de arte da UnB? O pessoal que mexe com a política no GDF? O que falta para o curso acontecer?Um curriculum de graduação? Entendimento político entre os vários gêneros de dança, tipo clássico, moderno, contemporâneo, salão, improvisação? Alguém pode SUGERIR caminho para a realização da dança na UnB e no DF como curso de formação? A mobilização do CDPDan é uma proposta. O que mais pode ser? Alguém sabe alguma resposta?
Aguardamos.

Um comentário:

  1. é fantástico assistir a Expressão os elementos através do corpo utilizando técnicas para diferencia-los. O movimento das aguas são fluidos com variações de planos, no entanto, a criação do solo, a terra, são movimentos, as vezes mais rígidos, e sempre, mais enraizados no chão. Acredito que, mesmo sem a narração de gêneses, seria possível, o entendimento do público,não só pela dança mas por todos os elementos técnicos escolhidos, como a luz e o figurino de todos os dançarinos.

    Elise Hirako

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