sexta-feira, 28 de maio de 2010

CDPDan Apresenta:

O espetáculo de dança No Princípio é uma produção do CDPDan (coletivo de documentação e pesquisa em dança Eros Volúsia da UnB) com o apoio do FAC, e pretende ser um produto cultural que contemple a intersecção entre o processo de formação, produção artística na área da dança e preservação de memória. O espetáculo/documentário será apresentado nas datas de 23, 24 e 25 de junho de 2010, sempre às 20 horas, no teatro SESC Paulo Autran - Taguatina (fone: 34519150), solicitaremos ao público que comparecer ao teatro para levarem 1kg de alimento não perecível para ser doado ao projeto Mesa Brasil do SESC. Também será realizado o lançamento do documentário No Princípio, contendo o registro do espetáculo e um memorial de 7 minutos de cada intérprete criador no dia 12 de a gosto, as 20 horas, no teatro SESC Silvio Barbato do Setor Comercial Sul de Brasília.
Nesse espetáculo estarão presentes os artistas: Ana Macara (artista convidada da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa), Soraia Silva (CDPDan/UnB/Brasília), Alexandre Nas(CDPDan/UnB/Brasília), Laura Virgínia (CDPDan/UnB/Brasília), Yara De Cunto (artista convidada/Brasília), Zou Mi (CDPDan/UnB/Brasília), Sabrina Cunha (CDPDan/UnB/Brasília). O espetáculo terá como argumento o primeiro capítulo do texto bíblico de Gênesis, no qual cada dia da criação será interpretado por um dos artistas convidados.

Durante o espetáculo cada artista criador falará através de seus gestos e expressões cênicas de sua tragetória e de seu credo como artistas dedicados à linguagem da dança tendo como pano de fundo o texto bíblico, como uma metáfora ao desenvolvimento de suas carreiras na dança. Durante o espetáculo serão realizadas duas projeções: uma será a animação cenográfica, sobre as imagens contidas no texto bíblico de Gênesis, realizadas pela artista computacional Suzete Venturelli e a outra será a projeção de partes do memorial/documentário criado por Márcio de Holanda Viana.

O objetivo geral do projeto é denvolver atividades integradoras entre os artistas da dança da cidade de Brasília, e outros bailarinos convidados de reconhecido mérito por suas atuações. Também consideramos importante o diálogo entre o fazer artístico da dança no âmbito acadêmico, ou seja, no ambiente da universidade com suas especificidades de produção de conhecimento e os artistas e produtores de dança independentes visando uma aproximação dos fazeres e uma troca de experiências. A participação de cada artista convidado no espetáculo e no documentário terá o valor de um depoimento pessoal do artista enquanto produtor e perseguidor da arte da dança. No dia 24 teremos uma palestra logo após o espetáculo com a participação dos intérpretes criadores e principalmente da artista convidada a bailarina portuguesa Ana Macara cuja experiência na dança é vasta não só na área da produção artística, como acadêmica. Com as palestras, espetáculos e mostras do documentário realizado serão ampliadas as reflexões sobre essa arte no âmbito da Universidade de Brasília e do Distrito Federal de um modo geral. O público alvo do espetáculo e do documentário “No Princípio” será composto basicamente de estudantes e profissionais da dança ou interessados nessa linguagem artística sendo este juvenil, jovem ou adulto.

Ficha Técnica do Projeto de Abordagem Múltipla: No Princípio
Direção Geral: Soraia Silva
Assistente de Direção: Alexandre Nascimento
Intérpretes Criadores: Ana Macara, Alexandre Nas, Laura Virgínea, Sabrina Cunha, Soraia Silva, Yara De Cunto, Zou Mi.
Composição musical do espetáculo: Glauco Maciel
Produção do Vídeo Documentário “No Princípio”: Márcio Garapa
Animação Cenográfica (arte computacional): Suzete Venturelli
Fotografia: Ricardo Padue
Locução: Juçara Batichoti
Figurino: Flávia Amadeu
Luz: Carlos Eduardo Peukert
Divulgação: Bruno Lehx

Bailarinos e os dias da Criação

Primeiro Dia:

“No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Disse Deus: Haja Luz; e houve luz.” (Gn 1: 1,3)

“A terra estava sem forma e vazia e Deus gostou de criar formas e preencher os espaços iluminando-os com sua luz de vida, sinto que sou uma das formas criadas e que também crio formas e que também posso iluminar com a luz de Deus quando danço.” Soraia

Soraia Silva

Possui graduação em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (1989), realizou o primeiro mestrado em dança no Brasil com apresentação de espetáculo e defesa pública no programa de mestrado em artes da Universidade Estadual de Campinas (1994); realizou o doutorado em Literatura comparada pela Universidade de Brasília (2003). Atualmente é professora da Universidade de Brasília e coordenadora do CDPDan. Entre outros trabalhos desenvolveu o espetáculo-tese Profetas em Movimento em versões solo e coletiva, Dança da Guerra do Povo Xavante (com a participação de 30 xavantes), Trilogia Poemadançando. Também tem sido colaboradora da área de dança da editora Perspectiva na coleção Stylus, é autora de Profetas em Movimento (Edusp, 2001) e Poemadançando Gilka Machado e Eros Volúsia ( Edunb, 2007). Tem se preocupado com o fazer artístico da dança relacionado-a a outras linguagens artísticas e a uma reflexão estética documental.


Segundo Dia:

“Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez.” (Gn 1:7)

“O ar é o Espírito e separa a água celestial da água terrena. A dança é a expressão corporal que veio do Espírito.” Zou Mi

Zou Mi

Possui graduação em Arte pela Escola de Artes da Universidade de Henan/ China (2006). Tem formação em canto, dança e música tradicional chinesa. Atualmente é pesquisadora do CDPDan, tem participado nas produções do coletivo como Dança da vida: Frenix Fremix IluminAções (2007), Dança UnB: Ver, Pensar, Mover (2008), Mexido de Dança (2009). Atualmente está realizando o mestrado no programa de pós-graduação em arte da UnB com pesquisa sobre a respiração na dança.


Treceiro Dia:

“Que as águas que estão debaixo do céu se juntem num só lugar, e apareça o chão seco.” (Gn 1:9)

“O ser humano é um espaço de possibilidades entre a vida e a morte sobre a terra. A dança é expressão do ser humano nesse espaço e além.” Sabrina

Sabrina Cunha

Graduação e Mestrado pela ECA/USP.Na Itália, país em que morou por 5 anos, trabalhou e aprendeu com pessoas de diferentes habilidades físicas e mentais junto à cooperativas sociais e através da Danceability; estudou Butoh com grandes mestres entre eles Yoshito Onõ e participou da Cia Jinen Group de Butoh de Atsushi Takenouchi. Fundou junto à dançarinos (norte-americano e europeu) a Escola de Dança e Movimento Spazio Nu e a Cia.Nu na cidade de Pontedera – Pisa/Itália. No ano de 2008 volta ao Brasil e foi professora no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiânia nas disciplinas de performance e arte s do corpo. Atualmente é doutranda no PPG-ARTE da UnB. A partir do aprendizado com a Danceability e Butoh, acredito na dança como um veículo de transcendência da vida cotidiana e na possibilidade do performer transparente, capaz de expressar as diferentes vidas que o ser humano carrega dentro de si: animais, água, morte, espírito, pedras, árvores e caminhos em constantes transformações.


Quarto Dia:

“Haja luzeiros no firmamento dos cèus.” (Gn 1:14)

“A dança é a luz como aspiração- um caminho – uma referência- conduzindo para a plenitude do ser humano.” Yara

Yara De Cunto

A experiência profissional deu-se através da dança e do teatro. Atuando como bailarina nas Cias: Ballet do IV Centenário (SP) – Museu de Arte Moderna (SP) - Ballet do Rio de Janeiro (RJ) – Cia Nina Verchinina (RJ), e no Teatro nas Cias:” Os Artistas Unidos “ com Henriette Morineau ,- Cia “Tônia - Celli - Autran” direção de Adolfo Celli, - Teatro Ipanema com Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa , além de incursões nas TVs: Tupi(RJ) , Record (SP.) e Rio (RJ) contracenando com atores e dire tores como Fábio Sabag, Adolfo Celli, Zimbinski . Fundou o Corpo de Baile do Teatro Guaíra (PR), aonde atuou durante 6 anos, coordenando também a Escola de Dança deste teatro. Em Brasília lecionou durante 4 anos, no GEDUnB ( Grupo Experimental de Dança da UnB) criando neste Núcleo, sob sua direção o Grupo de dança “Asas e Eixos”, reconhecido como uma das primeiras Cias de dança contemporânea de Brasília.Representou o Brasil e Brasília, como palestrante, em Festivais de dança em Caracas, Assunção, Aruba, Bento Gonçalves e Goiânia e como coreógrafa no Grupo Ginasiano do Porto em Portugal, foi também convidada e participo u do programa da USAID- Internacional Visitor Program, em Whashington, Ney York e São Francisco.Membro da Diretoria do Fórum Nacional de Dança ano 2005/2006.Organizou a pesquisa e publicação do livro “ A História Que Se Dança”- sobre os 46 anos de Dança de Brasília. Agraciada com a Ordem do Mérito Cultural em 2001.


Quinto Dia:

“Criou, pois Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. “(Gn 1:21)

“Antes um animal – sou Ser humana animal – meu corpo DANÇA e multiplica minhas criações que são pequenas criaturas reais de Deus. ” Laura

Laura Virgínia

Tem formação em: dança, teatro, música, artes visuais. Desde 1993, atua profissionalmente na área de dança como: bailarina, performer, coreógrafa, diretora, escritora, intérprete – de grupos e trabalhos independentes em apresentações solos ou grupos, em Brasília e no mundo. Fez especialização com professores da nova dança do Brasil e de diversos países (EUA, Holanda, Inglaterra, Espanha e França). Em 1998, iniciou a pesquisa "Ação da fala", fusão de dança e literatura que desde então resultou nos trabalhos: "Mergulho" - 1997; "A disciplina do amor" (1ª e 2ª edições 1998-2000); "Perto do coração selvagem" - 1999; "Pomba enamorada" - 1999; "A bela adormecida" - 1999; "Romeu e Julieta" - 2000; "My funny valentine" - 2004; "Pequenas criaturas" - 2005; o videodança "De água nem tão doce" e o videoarte "Segurar a mão de alguém foi tudo que eu esperei da alegria"- 2006 . Em, 2004 funda, dança e dirige o grupo Margaridas com os espetáculos "Plenas Mulheres" - 2004,"Campo de Flores" - 2005, "Tu não te Moves de Ti" - 2006 e "RAINHA" – 2007. Desde 2000, uniu-se a artista plástica Gisel Carriconde em trabalhos de intervenção urbana e na criação de vídeos artes e videodança - "Pela estrada afora eu vou bem sozinha", "Vitrais" e " A arte supranatural dos jardins". Integra, junto com o filósofo PhD Hilan Bensusan a "Flor de Insensatez”, grupo de pequena arte, com as performances: "Blitz Performance";"Rilke na Cozinha"; "Distúrbios nas Classes"; "Devotos Hereges"; "Morte da Cena"; 'Esses Homens de Cultura-showvinismo" e "Ocupa desocupado não-culpado". Em 2007 lançou seu primeiro livro de foto-escritos poéticos:"Buquê" pela editora "Esquina da Palavra" em Brasília e no Rio de Janeiro. É professora de alongamento consciente e dança contemporânea há dez anos , ministrando aulas em escolas públicas e privadas.


Sexto Dia:

“E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face da terra; e toda árvore, em que há fruto que dê semente, servos-á para mantimento.” (Gn 1:29)

“Da idéia a conformação, dual e complementar, que se re-cria no movimento, disseminando a inspiração primordial...” Alexandre

Alexandre Nas

Iniciou sua carreira de intérprete/pesquisador/criador, em 1990, junto a Cia Alaya Dança, participando de espetáculos como Ilusões (1992), Frevendo (1993), ... E Sonha Lobato (1996), Origem (1998), Primata Terra (2000), Máscaras (2001), Celebrare (2002), Matracar (2004). Desde então tem por objetivo a pesquisa e desenvolvimento de uma movimentação própria após estudos de coreologia (análise do movimento), coreografia e didática em dança educativa moderna no Laban Centre – London (1997/98). Através do Programa Virtuose-Bolsa Cultura, conferido pelo MinC, passou a interessar-se pelo cruzamento de linguagens de vídeo e dança e em 2000 concebe/coreografa/interpreta o solo “Memórias de uma imagem viva que circula em São Paulo, Florianópolis, Uberlândia, Natal. Em 2003, estréia, em Brasília, o trabalho “Marte com S” em parceria com Júlio César Campos, sendo apresentado no CCBB-SP em 2006. Em 2006, estréia o espetáculo “Como você quer?” em parceria com a programadora de computadores e compositora Valéria Fajardo, convidado a integrar a programação do Festival Internacional da Nova Dança - Brasília (2006). Em 2007 Estréia o espetáculo “Água” em parceria com Lenora Lobo e com colaboração de Neuza Deconto. Atualmente integra o Programa de Pós-graduação em Artes da UnB, desenvolvendo pesquisa sobre vídeo-dança.


Sétimo Dia:

“Abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” (Gn 2:3)

Ana Macara

Doutora em dança pela Faculdade de Motricidade Humana (Lisboa/1994), mestre Em dança pela University of North Carolina at Greensboro (1989). Atualmente é professora FMH (Faculdade de Motricidade Humana) desde 1999 Co-coordenadora do Mestrado em Performance Artística – Dança. Organizou em 2006 o seminário Internacional “Dança e Movimento Expressivo; em 2004 foi organizadora e moderadora da mesa redonda do “International Meeting: Dance as Cultural Obj ect in Contemporary Society” no Fórum Municipal Romeu Correia. Almada; em 2004 foi membro da Comissão Científica do Seminário Nacional em Ciências do Desporto. Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa Maio 2004; em 2004 recebeu o prêmio “Lawther Award for professional development” da University of North Carolina at Greensboro, USA. Entre outras publicações realizou em 2007 o livro Alma da Dança: Dilemas de Criação e Produção - 15 Anos de Quinzena de Dança de Almada. Almada: Companhia de Dança de Almada; em 1998 as Actas da Conferência Internacional Continentes em Movimento: Novas Tendências no Ensino da Dança. Lisboa: FMH Edições. Em 2004 foi contratada pelo Ministério da Educação para elaboração dos programas de Dança para os primeiros 6 anos do Ensino Básico; dede 1992 é co-responsável pelo festival de Dança “Quinzena de Dança de Almada”; desde 1991 Coreógrafa convidada Consultora Artística da Companhia de Dança de Almada.

Sobre o Coletivo

O CDPDan - Coletivo de Documentação e Pesquisa em Dança Eros Volúsia–CEN/IdA/UnB , laboratório vinculado ao Departamento de Artes Cênicas da UnB e registrado como diretório de pesquisa no CNPq, coordenado pela professora doutora Soraia Maria Silva, busca estimular e desenvolver diversas atividades relacionadas à dança tanto no sentido da cultura tradicional, valores contemporâneos, formas organizativas e expressões culturais próprias. Esse Centro de estudos foi criado com o intuito de estabelecer um espaço de reflexão teórico/prática sobre a linguagem da dança na Universidade de Brasília que envolva as pessoas interessadas nessa linguagem, visando não só um intercâmbio com a comunidade em geral como também o estabelecimento colaborativo tanto na graduação, vinculado as disciplinas da graduação em artes cênicas da área de movimento e linguagem, como na pós-graduação do Mestrado em Artes, nas disciplinas Tópicos Especiais em Artes Cênicas, da linha de pesquisa Processos Composicionais para a Cena.


Esse Centro foi publicamente divulgado no dia 26 de fevereiro de 2002 por ocasião da homenagem à bailarina Eros Volúsia, com a presença dessa no auditório da FINATEC/UnB em Brasília. Nesse dia foi feita a reconstituição da coreografia Tico-Tico no Fubá, a partir da original, realizada por Eros Volúsia no filme Rio Rita (MGM, 1942). A homenagem também se constituiu da exibição de um vídeo e de uma exposição de Banners com fotos inéditas da bailarina e a apresentação do documentário Eros Volúsia: O Bailado Brasileiro.

As linhas de pesquisa desenvolvidas no referido Centro são, entre outras: dança e performance; dança e literatura; dança e poesia, dança e vídeo; dança e tradução: dansintersemiotização; o expressionismo e a dança; o pós-modernismo e a dança; dança Xavante; o surrealismo e a dança; o naturalismo e a dança. Vários artistas pesquisadores já estiveram vinculados ao CDPDan, tendo já concluído suas pesquisas como Elza Gabriela (mestrado), Ludmila Machado (mestrado), Alessandra Valle (mestrado), Fabiana Marroni (mestrado) e Francisco Nunes (mestrado). Atualmente estão vinculados ao coletivo: Mary Leoni (iniciação científica), Luciana Albertin (Iniciação científica), Isadora Prado (iniciação científica), Laura Virgínia (mestrado), Alexandre Nas (mestrado), Sabrina Cunha (doutorado), Zou Mi (mestrado) e Bruno Lehx (Graduação).
Desde 2009 o CDPDan, vem favorecendo a discussão de um currículo acadêmico para essa área do conhecimento artístico inserido no contexto universitário. Para isso temos desenvolvido o projeto DANÇA UNB! VER, PENSAR, MOVER (ver:http://dancaunb.blogspot.com), composto de oficinas ministradas no Centro de Vicência/Núcleo de Dança da UnB durante o todo o anos de 2009 e quatro edições do Mexido de Dança, realizado no âmbito da UnB cujo objetivo é ser o espaço da dança na UnB, para confirmar e trazer a tona os movimentos relacionados à dança na Universidade.

Já a quarta edição do Mexido (ver: http://www.youtube.com/watch?v=-19-m1w0OCc) veio confirmar e trazer a tona os movimentos relacionados à dança na Universidade. O Mexido de Dança na UnB representa a tentativa de proporcionar o espaço das várias manifestações corporais, da mistura e da aceitação, da inclusão de corpos e expressões, da festa e da comemoração, da dança como alimento do corpo, da alma e do espírito coletivo, do indivíduo que se expõe ao todo e do todo que colabora com o indivíduo. A presença do público foi intensa durante todas as atividades propostas, principalmente na programação noturna com as performances dos grupos de dança. A partir desse último Mexido foi proposta uma mesa redonda: “A dança na Universidade” com a participação dos convidados especiais: Eusébio Lobo da Silva, um dos fundadores do departamento de artes corporais da Unicamp; Adriana Betencout Machado, professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia; Rosa Coimbra, Dir. do Centro de Dança do DF, Pres. Do Conselho de Cultura do GDF, Dir. do Fórum de dança; Soraia Silva, Coordenadora do CDPDan, professora do Departamento de Artes Cênicas da UnB; Márcia Duarte, professora do Departamento de Artes Cênicas da UnB. Também se cumpriram os objetivos da mostra de vídeo e performances resultantes das pesquisas realizadas pela graduação, iniciação científica, mestrado e doutorado, vinculados ao CDPDan.

MANIFESTO COLETIVO DA DANÇA NA UnB
(lido na quarta edição do Mexido)

Onde está a dança?

Corpos na mão, olhos turvos, alma pesada e espaços pequenos... dos pequenos homens.

Onde está a dança?

A alegria do encontro e desencontro, gargalhadas compassadas, compassivas e descompensadas... das nossas crianças incriadas.

Onde está a dança?

Doídas extremidades da dança, que pequena se fez grande e dominou o mundo inteiro!

Dancem! Dancem! Dancem!

Encontrem as suas células dançantes, promovam uma festa no céu entre seus átomos e moléculas, seja a sua alma a música das estrelas escarlates que habitam o sangue daquele que dança. E todos que dançam tenham todas as entradas e as saídas liberadas e alta prioridade nas aeronaves, estradas, navios, oceanos e galáxias, todos em articulações coreográficas harmônicas e extáticas.

Levante e dance e exterminados sejam todos os teus inimigos de espírito grave e solenidade estática, e fujam diante de ti os que não dançam!!!

Ouçam que música linda para dançar:

som do cello

Dança é o espaço de vida concentrado na poesia de cada ser. Qual é a tua dança? Mostra pra gente, queremos ver, pode ser?

Qual é o caminho para que Brasília possa olhar para os profissionais da dança? Queremos um curso de dança dentro da UnB e no DF que é simplesmente a capital do Brasil, o país das várias maravilhas e desgraças, mas que é sempre lembrado pelo sorriso do povo e do samba no pé! Isso quer dizer Dança! Mas a capital ainda não tem um curso de formação universitária para oferecer a quem quer estudar, refletir, pesquisar e ensinar dança. Porque será? Gostaríamos de saber onde está a raiz, o fio do telefone sem fio, um começo, os responsáveis, por decidir, acatar a abertura do curso universitário de dança na UnB ou no DF. O pessoal da secretaria de cultura? O decanato da UnB? O fórum de dança? O departamento de artes cênicas da UnB? O que falta? Verba? Recurso? Entendimento entre as partes envolvidas? Entre os artistas professores de arte da UnB? O pessoal que mexe com a política no GDF? O que falta para o curso acontecer?Um curriculum de graduação? Entendimento político entre os vários gêneros de dança, tipo clássico, moderno, contemporâneo, salão, improvisação? Alguém pode SUGERIR caminho para a realização da dança na UnB e no DF como curso de formação? A mobilização do CDPDan é uma proposta. O que mais pode ser? Alguém sabe alguma resposta?
Aguardamos.